terça-feira, 4 de maio de 2010

St. Bernardus


Devido à política anti-clerical, no início do século passado, a Ababia de Catsberg, localizada na parte norte da França, decidiu se mudar para Watou, uma pequena aldeia a apenas 2k mais longe, localizada na Bélgica. Eles transformaram uma fazenda no "Refúgio Notre Dame de St. Bernard", com a produção de queijo como atividade principal.

Com o rendimento das vendas que financiavam as atividades da Abadia no início dos anos 30, a comunidade decidiu eliminar o anexo belga e trazer de volta todas as atividades para a França. Evarist Deconinck assumiu a fábrica de queijo e construiu um primeiro edifício no Trappistenweg em Watou, onde o queijo foi desenvolvido e comercializado. Este primeiro edifício foi posteriormente transformado em salas privadas, mas os traços da fábrica de queijo ainda são visíveis e incorporadas nesta sala.

Logo após a Segunda Guerra Mundial, o Mosteiro Trapista St. Sixtus decidiu parar de comercializar a cerveja. Um acordo foi feito: dentro das paredes do Mosteiro Trapista iriam fabricar cerveja só para consumo próprio; Venda ao público só nas portas do Mosteiro e também para algumas poucas tabernas…

Mr. Deconinck, por outro lado, seria o cervejeiro e começaria a comercializar a cervejas trapistas sob licença [para um período de 30 anos]. Portanto, junto à fábrica de queijo, uma nova cervejaria foi construída e Mr. Deconinck começou a fermentar sua cerveja com a ajuda do cervejeiro de Westvleteren, que trouxe ao longo de sua sabedoria e conhecimento, as receitas originais.

A licença foi sendo renovada até 1992, quando o contrato chegou ao fim porque os mosteiros trapistas decidiram que a qualificação de "Trappistenbier" só poderia ser dada a cervejas fabricadas dentro dos muros religiosos. Portanto, desde 1992, estas cervejas são comercializadas sob uma nova marca: St. Bernardus [referindo-se ao refúgio de Notre Dame de St. Bernard].